Com apoio do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, a
exposição disponibiliza para visitação um acervo composto por quadros de faces
indígenas e peças artesanais de diversas etnias brasileiras.
Porto Seguro, terra
dos Pataxós, recebeu a exposição “Índios na Janela”, composta por um acervo de
cerca de 200 peças artesanais - entre arcos, colares, lanças e bordunas das
tribos Pataxós, Xukuru Kariri, Maxakali e Krenak - , e mais 20 quadros de faces
indígenas. As peças estarão disponíveis para visitação gratuita no Centro
Cultural de Porto Seguro. Na abertura, que acontece às 17h, haverá vernissage
para os convidados conhecerem a proposta e apresentação do ritual do Awê, da etnia Pataxó, onde os índios
demonstrarão sua relação e comunhão com a natureza.
A exposição é voltada
para o público em geral, em especial, para estudantes do ensino fundamental,
ensino médio, pesquisadores, historiadores e professores.
Tanto a coleção
quanto os quadros buscou apresentar a cultura indígena como algo vivo e
dinâmico, propiciando uma identificação positiva através das faces dos povos da
floresta. As peças possuem valor inestimável e foram juntadas ao longo dos 25
anos em que o colecionador Silvan Barbosa Moreira, ex-funcionário da Fundação
Nacional do Índio (FUNAI), teve contato e se dedicou ao trabalho com
as mais variadas tribos indígenas brasileiras. “Tenho peças com mais de 30 anos
e outras muito raras. A mais antiga é da Ilha do Bananal, no Mato Grosso, já a
mais nova é um cocar e um colar Kaiapó que veio do Pará. Entre peças
artesanais, livros, CDs e DVDs, tenho quase mil objetos, adquiridos ou que me
foram dados de presente por amigos indígenas. Esta exposição serve para
contribuir e ampliar o conhecimento do público sobre a vida e a cultura
indígenas”, explica o colecionador.
Já os quadros de
faces indígenas são de Gildásio Rodriguez, conhecido como “O Gil
dos índios”, que já foi protagonista de diversas exposições individuais e
coletivas no Brasil, Estados Unidos e Portugal. “Ao ler a saga dos irmãos
Villas Boas no Alto Xingu, senti a necessidade de divulgar, através da pintura,
a cultura de um povo que sofreu e sofre injustiças dentro de um país
democrático. Comecei em 1998 e, desde então, criei mais de 30 quadros”,
comenta.
A exposição oferece
ao público imagens e informações de natureza histórica e cultural, propiciando
uma identificação positiva com as coletividades indígenas e oportunizando ao
público um olhar mais humano sobre essa questão. Para o curador da exposição,
Pawlo Cidade, "essa mostra aponta para um caminho no esforço de pensar os
indígenas sob o ponto de partida da cultura, de uma janela que se
abriu no passado, que continua aberta no presente e mantém-se escancarada pela
dimensão contemporânea, permitindo um diálogo com muitas outras tradições
culturais”.
O projeto é uma
realização da Comunidade Tia Marita e conta
com apoio do Fundo de Cultura da Bahia, mecanismo de
fomento à cultura gerido pelas secretarias de Cultura do
Estado da Bahia (SecultBA) e da Fazenda (Sefaz), através
do edital Agitação Cultural: Dinamização de
Espaços Culturais. Depois de Porto Seguro, a exposição segue para
Salvador, onde acontece de 19 a 24 de abril, no 1º pavimento do Palacete das
Artes, na Graça. Acompanhe todas as
informações na fanpage: www.facebook.com/Indiosnajanela
Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) – Criado
em 2005 para incentivar e estimular as produções
artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias
da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos
estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de
direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são,
preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam
de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à
iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de apoio,
modelo de referência para outros estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados;
Mobilidade Artística e Cultural e Editais Setoriais.
Para mais informações, acesse: www.cultura.ba.gov.br
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