O Aeroporto das Conchas está na
memória do povo Caravelense, que lembra os anos de grande movimentação na
cidade, quando agitava a vida pacata dos moradores da região e
ajudou muito a economia local. Os moradores que presenciaram esta fase contam O aeroporto de
Caravelas chegou a ter cinco empresas operando comercialmente, com voos
regulares. Também contam que devido aos vôos internacionais
era possível ter acesso ao jornal New York Times do dia e “pegar carona” nos
vôos regulares que iam e vinham a Recife e ao Rio de Janeiro.
Moradores mais antigos contam que já
na década de 1920 existia uma pista de terra batida no local, mas o Aeroporto
como conhecido hoje em dia foi construído na década de 1940 pelos americanos em acordo com Governo
brasileiro, com o objetivo de atuar como base aérea militar das forças aliadas
durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Os americanos instalaram
bases aéreas em cinco pontos estratégicos na América do Sul: Belém (PA), Natal
(RN), Salvador, Recife (PE) e Caravelas (BA). Nesta época pousavam aqui aviões
supersônicos e cargueiros. O Sr. Elias Siquara, de 91 anos, guarda na memória a
época em que a cidade estava em clima de guerra e conta que "até cassino
eles colocaram pra funcionar. Era um movimento grande, com os militares andando
pela cidade”, observou Elias.
Com o fim da guerra o
aeroporto continuou em funcionamento, até que em 2007 foi interditado pelo
Ministério da Aeronáutica devido às precárias condições das pistas, que
estariam soltando britas e causando risco às aeronaves. Em julho de 2009, quando o então presidente Lula e o
Governador Jaques Wagner estiveram em Caravelas para a cerimônia de comemoração
do Dia Mundial do Meio Ambiente e criação da Reserva Extrativista de Cassurubá,
nos manguezais da região de Abrolhos, em seu discurso ele já prometia a
revitalização do Aeroporto, que iniciou em dezembro de 2010.
Sob
responsabilidade da Aeronáutica, o investimento de R$ 18 milhões veio através
do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, do Governo Federal e está sendo
aplicado através de convênio com o 11º Batalhão de Engenharia e Construção do Exército
Brasileiro, que executa a obra de restauração
das pistas e pátio. Folheando o Samburá você acompanha uma entrevista com o Capitão Marcus César, militar
responsável pela obra do Aeroporto. Clique aqui!
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