No site História Militar, o historiador, professor e pesquisador
especialista em História Militar, Carlos Daróz, destaca do seu livro "A
guerra do açúcar: as invasões holandesas no Brasil" um trecho
importante da história sobre uma Batalha Naval ocorrida em Abrolhos no
ano de 1631. Leia um trecho abaixo:
Depois de atingido, galeão espanhol afunda, enquanto a tripulação luta pela sobrevivência/http://darozhistoriamilitar.blogspot.com.br/ |
No dia 12 de setembro de 1631 duas poderosas esquadras, uma holandesa e
outra luso-espanhola, confrontaram-se em águas brasileiras a 80 milhas
do arquipélago dos Abrolhos. Conheça a história desta batalha.
A notícia da vinda dos navios de Oquendo chegou à Pernambuco no dia 19 de agosto, quando um dos cinco iates holandeses, enviados para patrulhar a barra da Baía de Todos os Santos, aportou no Recife. Após rápidos preparativos, o general Adriaen Pater zarpou com sua esquadra no último dia de agosto, com a intenção de forçar a armada luso-espanhola a se fazer ao mar e combater em uma batalha decisiva. No entanto, cumprindo as determinações do conselho de guerra e sem saber da partida dos navios holandeses, a armada de D. Antônio de Oquendo deixou o porto de Salvador quase na mesma data, para cumprir a primeira etapa de sua missão e desembarcar as tropas em um local que proporcionasse segurança para a operação, provavelmente o Cabo de Santo Agostinho.
A notícia da vinda dos navios de Oquendo chegou à Pernambuco no dia 19 de agosto, quando um dos cinco iates holandeses, enviados para patrulhar a barra da Baía de Todos os Santos, aportou no Recife. Após rápidos preparativos, o general Adriaen Pater zarpou com sua esquadra no último dia de agosto, com a intenção de forçar a armada luso-espanhola a se fazer ao mar e combater em uma batalha decisiva. No entanto, cumprindo as determinações do conselho de guerra e sem saber da partida dos navios holandeses, a armada de D. Antônio de Oquendo deixou o porto de Salvador quase na mesma data, para cumprir a primeira etapa de sua missão e desembarcar as tropas em um local que proporcionasse segurança para a operação, provavelmente o Cabo de Santo Agostinho.
Uma hora antes do pôr do sol do dia 11 de setembro, os vigias holandeses
avistaram a esquadra luso-espanhola na altura do arquipélago dos
Abrolhos. A esquadra de D. Antônio de Oquendo seguia bastante
reforçada, com 17 galeões, 12 caravelas e 24 navios mercantes – que
seguiam carregados de açúcar – totalizando 53 navios. Embora sua armada
possuísse apenas dezesseis navios de guerra, o almirante holandês
Adriaen Pater não conseguiu, ao entardecer e à distância, avaliar
corretamente o tamanho da frota luso-espanhola e julgou que se tratava
de um poder naval equivalente ao seu. Com efeito, ao cair da noite o
comandante neerlandês convocou os capitães dos navios para um conselho
de guerra a bordo do navio capitânia Prins Willelm, onde decidiu manter o
contato com a esquadra inimiga e dar combate aos navios portugueses e
espanhóis na manhã seguinte, atacando-os aos pares. Johannes de Laet
descreveu as providências tomadas por Pater com vistas à preparação do
combate para o dia seguinte:
“No dia 11, o general avistou a frota espanhola uma hora antes do pôr do
sol, a sul-sueste e a sueste. Então o general avisou seus barcos com
as bandeiras e também despachou o iate Nieuw Nederlandt, que corria
atrás da nau capitânia, para todos os demais navios com instruções para
que se preparassem para a ação e para que se mantivessem juntos.
Navegaram de sueste a sul a noite inteira, em noite de lua clara.
Assim, ao amanhecer, a frota espanhola estaria posicionada a este-sueste
da esquadra. Os espanhóis tinham a força de 53 navios, até onde se
podia contar. O general Pater, então a um quarto de milha do inimigo,
convidou todos os capitães a bordo do seu navio e deu ordens para que
acostassem todos os galeões espanhóis dois a dois contava com 16 vasos e
iates e estava incorretamente informado sobre a força inimiga,
acreditando na existência de apenas oito galeões na frota, e admoestou
fortemente cada homem a agir valentemente, pois todo o bem-estar da
Companhia e a honra da marinha dependiam disso.”
FONTE: História Militar.
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