Restauradores do Instituto do
Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), que fiscalizam obras na Igreja Matriz
de São Miguel Arcanjo, em Itacaré, encontraram uma cerâmica do período dos
jesuítas com mais de três séculos, localizada embaixo do piso comum, no altar
da igreja. A capela que deu origem à igreja foi fundada no século XVI pelo
padre jesuíta Luís Grã, contemporâneo de José de Anchieta. Mas apenas em 1723,
foi construída a versão atual do templo religioso, que foi tombado via IPAC em
2010 como Patrimônio Cultural da Bahia, sob o decreto 12.530/10. Itacaré fica a
428 km de Salvador.
A revitalização da igreja conta com
o incentivo financeiro dos turistas, comerciantes e moradores da região e do
projeto ‘A Fé Restaurada’, que coleta doações de fiéis. A iniciativa tem apoio
da prefeitura local e da Paróquia de Ilhéus. Em parceria, os restauradores e
arquitetos da coordenação de Elementos Artísticos (Cores) do IPAC fazem a
vistoria e orientação técnica da obra. Os reparos da matriz, que possui um
altar-mor e outros dois altares menores, começaram com a retirada das camadas
da tinta verde que cobriam o altar central da igreja e descobriram detalhes
folheados a ouro.
“Foram montados ateliês para
realizarmos emassamento, nivelamento, reintegração de partes faltantes e
recomposição de perdas da estrutura do altar-mor, incluindo o forro do teto da
capela, além do restauro dos outros dois altares secundários”, diz a
coordenadora da Cores/IPAC, Kathia Berbert. “Também está sendo recolado o
mármore de Carrara original que tinha sido retirado e guardado na sacristia”,
completa a especialista. Os restauradores localizaram ainda vários trabalhos
artísticos, pinturas e a cor original do altar, em tom amarelo.
Assessoria
de Comunicação – IPAC, em 24.08.2016
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