Pesquisa foca no estudo da presença de contaminantes químicos no
organismo de animais do topo da cadeia alimentar em ilhas oceânicas
brasileiras
O pesquisador Patrick Simões Dias do Instituto Oceanográfico da USP (IO)
se dedicou a acompanhar a existência Poluentes Orgânicos no organismo
de aves marinhas de algumas ilhas brasileiras para entender como e se
esses poluentes chegam a regiões mais isoladas, como eles se distribuem
ao longo da cadeia trófica e compreender como os hábitos de vida desses
animais influencia no perfil bioacumulativo dos poluentes.
O estudo foi realizado através de análises químicas de Poluentes
Orgânicos Persistentes (POPs) encontrados no fígado de cinco aves
marítimas típicas de ilhas oceânicas brasileiras, encontradas mortas nas
ilhas do Arquipélago de Trindade e Martim Vaz e na Reserva Biológica do
Atol das Rocas. A partir desse processo foi feita uma observação de
isótopos estáveis de carbono e nitrogênio, que também evidenciou hábitos
migratórios e de alimentação dessas aves.
Patrick ressalta que a partir dessas análises seria possível, de modo
geral, conhecer e prever como os contaminantes podem se distribuir e
dispersar ao longo dos territórios, “mesmo em regiões onde não existe
influência ou aporte direto desses tipos de poluentes”, explica o
pesquisador.
De acordo com o levantado, as áreas estudadas despertam um grande
interesse em termos econômicos e ambientais para o país. Patrick
ressalta que são áreas que possuem um grande potencial de recursos
pesqueiros, minerais, tecnológicos e estratégicos para o Brasil,
portanto, a compreensão dos fenômenos que podem estar impactando ou que
podem potencialmente impactar a biodiversidade dessas regiões é de
extrema importância para a ideal gerência pelo país.
FONTE: Originalmente publicado em: Agência Universitária de Notícias.
Ano 49. Nº 15. 18/02/2016, texto completo disponível também aqui.
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