segunda-feira, 29 de agosto de 2016

IPAC encontra cerâmica jesuíta na igreja de Itacaré, sul da Bahia



Restauradores do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), que fiscalizam obras na Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo, em Itacaré, encontraram uma cerâmica do período dos jesuítas com mais de três séculos, localizada embaixo do piso comum, no altar da igreja. A capela que deu origem à igreja foi fundada no século XVI pelo padre jesuíta Luís Grã, contemporâneo de José de Anchieta. Mas apenas em 1723, foi construída a versão atual do templo religioso, que foi tombado via IPAC em 2010 como Patrimônio Cultural da Bahia, sob o decreto 12.530/10. Itacaré fica a 428 km de Salvador.

A revitalização da igreja conta com o incentivo financeiro dos turistas, comerciantes e moradores da região e do projeto ‘A Fé Restaurada’, que coleta doações de fiéis. A iniciativa tem apoio da prefeitura local e da Paróquia de Ilhéus. Em parceria, os restauradores e arquitetos da coordenação de Elementos Artísticos (Cores) do IPAC fazem a vistoria e orientação técnica da obra. Os reparos da matriz, que possui um altar-mor e outros dois altares menores, começaram com a retirada das camadas da tinta verde que cobriam o altar central da igreja e descobriram detalhes folheados a ouro.
 
“Foram montados ateliês para realizarmos emassamento, nivelamento, reintegração de partes faltantes e recomposição de perdas da estrutura do altar-mor, incluindo o forro do teto da capela, além do restauro dos outros dois altares secundários”, diz a coordenadora da Cores/IPAC, Kathia Berbert. “Também está sendo recolado o mármore de Carrara original que tinha sido retirado e guardado na sacristia”, completa a especialista. Os restauradores localizaram ainda vários trabalhos artísticos, pinturas e a cor original do altar, em tom amarelo.



Assessoria de Comunicação – IPAC, em 24.08.2016
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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

MAPA suspende 186 mil registros profissionais da pesca; 18 mil na Bahia

MAPA suspende 186 mil registros profissionais da pesca; 18 mil na Bahia No dia 21 de julho, o Governo Federal suspendeu mais de 186 mil registros profissionais da pesca, através da Portaria nº 11. A medida foi anunciada no Diário Oficial da União (DOU), no dia seguinte, pelo Secretário Substituto de Aquicultura e Pesca, Marcio Candido Alves. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), os registros podem ser retomados após esclarecimentos e comprovação da atividade produtiva.
A Portaria, que entrou em vigor no ato da publicação, atingiu 18.154 pescadores baianos. De acordo com o MAPA, a suspensão se justifica pela desatualização dos cadastros profissionais no Sistema de Informações do Ministério. “A decisão foi tomada porque os pescadores não fizeram a manutenção do registro, conforme prevê a legislação. No entanto, eles poderão voltar a obter o documento quando prestarem os esclarecimentos necessários”, informou a pasta, em seu portal.
Para a retomada do registro, o pescador deve comprovar a atividade produtiva, apresentando uma série de documentos. “aqueles que tiveram o registro suspenso deverão apresentar relatório de exercício da atividade na categoria de pescador profissional artesanal, cópia do Número de Inscrição do Trabalhador (NIT) inscrito como segurado especial e uma foto 3×4 recente, com foco nítido e limpo”, divulgou o Ministério, em nota.
De acordo com a Secretaria de Aquicultura e Pesca, vinculada ao MAPA, a manutenção do cadastro deve ser feita com até 60 dias de antecedência à data de aniversário do pescador. “O maior contratempo para a manutenção dos cadastros é, justamente, a instabilidade do Sistema do MAPA. Nessas últimas três semanas, por exemplo, a ferramenta esteve inoperante e sem previsão de restabelecimento do serviço”, lamentou o presidente da Federação dos Pescadores e Aquicultores do Estado da Bahia (Fepesba), Raimundo Costa.
Raimundo reforçou a necessidade de pescador e Colônia estarem afinados neste momento. “A Colônia é o suporte imediato do pescador, dentro do Sistema Confederativo da Pesca. Nossa orientação às nossas afiliadas é de prezar sempre pela regularidade e instruir o pescador a agir da mesma forma. Sugerimos aos pescadores colonizados que caminhem junto com sua Colônia, pois, em um momento como esse, a Entidade pode auxiliá-los com questões burocráticas”.
A listagem completa daqueles que tiveram seus registros cassados na Bahia pode ser conferida AQUI.
A publicação da Portaria nº11 de 21 de julho, que cassa os 186 mil registros da pesca, pode ser acessada através deste LINK.

Fonte: Fepesba