quarta-feira, 26 de junho de 2013

Leão-marinho é observado há dias em Caravelas e IBJ orienta população a não se aproximar do bicho


É comum nesta época do ano alguns animais marinhos serem observados de perto pela população que vive em áreas costeiras da região da Bahia. O Diretor de Pesquisa do Instituto Baleia Jubarte, Milton Marcondes, lembra que um animal pode ficar em determinado local, de fácil acesso, sem estar encalhado, como é o caso de um leão-marinho (Otaria flavescens) que está sendo observado há duas semanas dentro do Rio Caravelas, na cidade de mesmo nome, no Sul da Bahia. Nestes casos, é importante saber como agir. Em primeiro lugar, o alerta é: não toque no animal, por mais que a intenção seja a de ajudar, e entre em contato com o Programa de Resgate do Projeto Baleia Jubarte - patrocinado pela Petrobras. Ligações a cobrar também são atendidas:: (73)8835-2432 (Caravelas) e 71-8154-2131 (Praia do Forte).
O que NÃO FAZER quando encontrar um leão marinho ou outro animal marinho vivo:
Não se aproxime e não toque no animal, pois ele pode se assustar e acabar se machucando ou atacar quem estiver próximo.

Não force o animal a voltar para água. No caso do leão marinho, é comum à espécie o hábito de descansar na praia.
Apesar de não apresentarem movimentos migratórios, os machos da espécie realizam movimentos sazonais, anualmente, durante a primavera e o inverno. Na Bahia, desde 1984, existem registros esporádicos de leão-marinho.
Conheça a espécie:
O leão-marinho (Otaria flavescens) faz parte dos pinípedes que constituem um grupo de mamíferos aquáticos adaptados à vida aquática e terrestre. O termo “pinípede” decorre do formato dos membros anteriores e posteriores dos animais, constituídos por nadadeiras (pina = pena; podos = pés) com dedos compridos e unidos por membranas (Pinedo et al., 1992).

Trata-se de uma espécie que habitualmente vive em profundidades menores que 50m e distribui-se pela região costeira de ambos os lados da América do Sul, agrupando-se em locais rochosos.
Ocorrem agrupamentos desta espécie formando colônias reprodutivas em ilhas do Uruguai, Sul do Brasil (Ilha dos Lobos / Torres - RS), Argentina, Peru, Chile e Ilhas Falklands – Malvinas.
No Brasil, até o momento, foram registradas ocorrências de sete espécies de pinípedes, são elas: o leão-marinho-do-sul (Otaria flavescens), o lobo-marinho-do-sul (Arctocephalus australis), o lobo-marinho-subantártico (Arctocephalus tropicalis), o lobo-marinho-antártico (Arctocephalus gazella), o elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina), a foca-caranguejeira (Lobodon carcinophagus) e a foca leopardo (Hydrurga leptonyx) (Pinedo et al., 1992).


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