terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Resex do Cassurubá junto com Associação da Barra e UFSB querem aproveitar os resíduos do camarão para geração de renda


Gestores e comunidade da Reserva Extrativista do Cassurubá, gerida pelo ICMBio, acabam de dar os primeiros passos para a execução de projeto sobre o aproveitamento de resíduos de camarão.

O camarão é pescado na reserva e comercializado pelos moradores. A ideia é aproveitar as cascas e cabeça, que normalmente sobram após o processo de limpeza que antecede a venda, para uso na produção de quitina e quitosona.

A quitosana é uma fibra de origem marinha, encontrada principalmente no exoesqueleto de crustáceos. Produzida a partir da quitina, ela é muito utilizada pelas indústrias farmacêutica e alimentícia na absorção de óleos e gorduras, principalmente em dietas para emagrecimento.

Em busca de financiamento

O projeto foi discutido, pela primeira vez, na semana passada, durante reunião na sede regional do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), em Caravelas (BA), entre representantes da Resex, do Centro e da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Na abertura do encontro, os professores Marcelo Ehlers Loureiro e Anders Schmidt, da UFSB, apresentaram o edital lançado pela organização Brazil Foundation, que apoia projetos sociais no País, como uma oportunidade de financiamento do projeto da Resex.

O projeto, que teria a participação dos moradores da reserva, em especial da Associação da Comunidade da Barra de Caravelas, do Cepene e da UFSB, se soma ao trabalho já desenvolvido por estudantes residentes na Resex de aproveitamento da casca do camarão para a produção de farinha.

Conhecimento e geração de renda

Os gestores da reserva consideraram o projeto uma “possibilidade única” para conciliar estímulo educacional, produção de conhecimento científico, geração de renda, práticas ambientalmente sustentáveis e fortalecimento comunitário.

Já os representantes do Cepene demonstraram total interesse em apoiar a proposta. Eles chegaram a colocar à disposição dos pesquisadores os laboratórios da instituição para o desenvolvimento dos trabalhos que demandem maior estrutura técnica.

Ao final do encontro, ficou acertado que a Associação da Barra de Caravelas, que tem status de organização da sociedade civl, e a UFSB vão preencher conjuntamente o edital, com o objetivo de concorrer ao financiamento para viabilizar o projeto.

FONTE: ASCOM ICMBio.

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