sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Diagnóstico e sensibilização das comunidades pesqueiras sobre as áreas marinhas protegidas e os conflitos na Região dos Abrolhos

O Projeto “Abrindo os olhos e os ouvidos: diagnóstico e sensibilização das comunidades pesqueiras sobre as áreas marinhas protegidas e os conflitos na Região dos Abrolhos” está sendo implementado pelo Instituto Baleia Jubarte. 

Aprovado em edital do Programa Costa Atlântica, da Fundação SOS Mata Atlântica, teve sua primeira fase concluída. A proposta é contribuir para a disseminação de informações e sensibilização das comunidades pesqueiras do extremo sul da Bahia a respeito da importância da criação de áreas marinhas protegidas no Banco dos Abrolhos e contribuir para a minimização do conflito entre pescadores e cetáceos nessas comunidades, ampliando as iniciativas de gestão e o ordenamento de pesca na região.

Para que isso seja possível, foram realizadas viagens para os municípios de Mucuri, Nova Viçosa, Prado e Alcobaça. A cidade de Caravelas também sediou algumas atividades. A partir desse roteiro, 152 entrevistas com pescadores foram feitas para que fosse possível traçar uma caracterização da pesca na região e entender quais os artefatos com maior incidência de emalhe e/ou conflitos diretos e indiretos com cetáceos, com ênfase na baleia jubarte. No primeiro momento, foi identificado que as redes e o espinhel de superfície são as artes de pesca que mais têm ocorrência de interação negativa com as baleias.

Segundo a pesquisadora Kátia Silva, “é importante salientar que grande parte dos pescadores foi participativa nas entrevistas e também permitiu gravações. Eles demonstraram interesse pelo assunto, discutiram ideias e querem participar da construção dessa possível solução”.

Para a segunda etapa, está previsto um esforço para reduzir a resistência à criação de novas Unidades de Conservação, já identificada nesta fase. Vale lembrar que a região do Banco dos Abrolhos abriga extensos recifes de corais e diversas espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção. A baleia jubarte, por exemplo, é um mamífero marinho que utiliza as águas do Banco dos Abrolhos para sua reprodução entre julho e novembro
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FONTE: IBJ

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